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Contribuições da modelagem 3D com o processo criativo

Afinal, quais são as contribuições da modelagem 3D com o processo criativo? O processo de criação de joias, semijoias e bijuterias pode ser extremamente otimizado utilizando a modelagem 3D.

Mas, antes de associar a modelagem 3D, vamos dar uma olhada rápida em como funciona esse processo de criação manual:

Cada designer usa seus critérios pessoais para fazer suas primeiras anotações, ideias e esboços.

Muitas vezes a ideia vem de repente, um estalo da mente. Não é raro um designer ter um “moleskine” salvador, na bolsa ou no carro.

Entretanto, na maioria das vezes, antes de pegar no lápis ou caneta para iniciar os primeiros esboços da criação de uma joia, o designer passa pelo processo de estudos e pesquisas.

Esse processo é normalmente composto de busca de referencial, análise de tendências, inspiração e experimentação. E, já nas fases de inspiração e experimentação, a modelagem 3D começa a contribuir com o processo de criação.

As contribuições da modelagem 3D com o processo criativo

1 - Moodboard ou Painel de Inspiração

Essa contribuição se inicia no desenvolvimento dos famosos painéis visuais, conhecidos como Moodboard (painéis de inspiração).

A área de desenho de um software 3D permite a importação de imagens. O designer pode criar seu moodboard digital e iniciar a criação, os primeiros esboços num só lugar.

Assim, o processo criativo se desenvolve em conjunto com a modelagem. Eo esboço já pode ser visualizado em 3D.

Veja o Moodboard da designer Pamela Love.

A maioria das coisas coladas nesse painel de inspiração existem, mas em se tratando de modelagem 3D você pode criar coisas que ainda não existem e usá-las no seu painel.

Não existe um limite para o que é possível fazer dentro de um software 3D, como o Rhinoceros, quando o assunto é inspiração e experimentação.

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Moodboard Pamela Love

2 - Desenho de apresentação ou representação

O processo criativo sempre dependeu do desenho manual, seja ele artístico ou técnico.

Considerando o artístico não há problema nessa dependência, pois quem não tinha ou não tem habilidade para desenhar ou pintar não é artista.

No entanto, em se tratando de design de produto, o desenho de apresentação ou de representação manual, limita as pessoas que não sabem desenhar mas são criativas e inventivas.

Veja só neste desenho, como o artista Marcelo Barenghi representa uma joia com maestria artística.

Se considerarmos a concorrência com alguém que não tem habilidade com o desenho o Marcelo ganharia de lavada.

Mas, hoje tudo isso mudou. A modelagem 3D mudou esse panorama e eliminou essa limitação de quem não sabe desenhar.

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Desenho Manual - Marcelo Barenghi

Hoje, qualquer pessoa criativa e inventiva encontra num software de modelagem 3D todos os recursos e ferramentas para documentar, de forma profissional, as suas ideias e projetos sem a necessidade do desenho manual.

Eu sei que essa afirmação incomoda um pouco os artistas que também são inventivos, mas não dá para negar o fato de que a modelagem 3D eliminou a dependência do desenho manual.

O melhor de tudo isso é que a modelagem 3D também favoreceu os que tem habilidade com o desenho manual e, a seguir, vou mostrar como isso ocorre:

3 - Desenho Técnico

Um software como o Rhinoceros tem ferramentas específicas que criam automaticamente o desenho técnico em 2D. Você pode salvar, criar uma ficha técnica e enviar para quem vai produzir.

Possui recursos de cotagem, planos de recorte, silhuetas, ângulos, projeções, detalhes e configurações personalizadas para impressão e visualização. 

4 - Velocidade

O processo de desenho digital ou modelagem reduz inúmeras vezes o tempo gasto se comparado ao desenho manual.

Em primeiro lugar pela vantagem de modificação rápida. Pode alterar sem ter de apagar ou recomeçar do zero. Você pode salvar cada alteração, compará-las lado a lado. 

Em segundo lugar, você pode repetir uma parte (como caixas de cravação, detalhes, entremeios e fechos) ou mesmo a peça (como um par de brincos) infinitas vezes, sem precisar desenhar/modelar uma por uma.

E, por último, a possibilidade de escalar qualquer coisa. Com a modelagem pronta podemos alterar o tamanho, escalando, diminuindo e aumentando em 1D, 2D ou 3D.

5 - Aplicação de materiais, texturas e acabamento

Com eles, você pode testar o tipo de metal, ouro, prata, platina e outros materiais como acrílico, madeira. Pode estudar o tipo de acabamento: polido, texturizado, martelado, fosco, acetinado, craquelado.

Pode arredondar e filetar, enfim, dezenas de variáveis podem ser testadas e estudadas sem produzir uma peça física sequer.

Mesmo sem terminar a modelagem e iniciar o processo de renderização, os materiais podem ser aplicados para uma visualização rápida, tornando o trabalho mais real e prazeroso.

6 - Renderização

A renderização é um recurso extremamente versátil. Com ela, simulamos uma situação real ou imagem realística, como se fosse uma foto.

Esses recursos facilitam a escolha dos materiais, a análise do design final, a divulgação do produto antes de ser produzido e até a venda. Você pode criar um catálogo, portfólio ou até mesmo um site, sem precisar produzir uma única peça.

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Anel modelado no Rhino com primeira aplicação de materiais
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O mesmo anel da imagem anterior com alteração de material, forma e metal

Como você viu, o processo de modelagem 3D não só eliminou a dependência de quem não tem habilidade com o desenho, como também ampliou as possibilidades de quem tinha habilidade com o desenho manual.

E não pára por aí! A modelagem 3D também contribuiu muito com o processo produtivo. Mas, esse é um assunto para o próximo post.

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